Wandão: ‘Se Dário quiser, o PSB continua com ele’

Dário Saadi e Wanderley de Almeida, o Wandão, estão prestes a reeditar para as eleições de outubro a dupla vencedora no pleito municipal de 2020. “Da nossa parte já está resolvido, se o Dário quiser, o PSB continua a parceria com ele”, disse o vice-prefeito e presidente do Diretório Municipal do Partido Socialista Brasileiro (PSB) nesta entrevista exclusiva concedida a convite do presidente-executivo do Correio Popular, Ítalo Hamilton Barioni. No mês passado, o prefeito Dário (Republicanos) já havia antecipado que, caso dispute a reeleição, gostaria de ter Wandão como companheiro de chapa, ou seja, está sacramentado que os dois seguirão juntos.

O vice prevê que a disputa “não será fácil” e espera que o debate se concentre nas questões municipais, deixando de lado a polarização e a nacionalização da campanha, como se projeta que ocorra em São Paulo. A entrevista foi concedida em um momento que Wandão ocupou interinamente o cargo de prefeito em função da viagem do titular a Dinamarca.

Aos 55 anos, ele ocupa pela terceira gestão seguida a Secretaria de Relações Institucionais, cuidando da ponte entre o Executivo e a Câmara Municipal. Na última semana, teve que agir prontamente após ataques e cobranças feitas em plenário pelo vereador Rodrigo Luis de Barros Almeida, o Rodrigo da Farmadic (União Brasil), ao prefeito, apesar de o partido fazer parte da base governista. Para Wandão, a crítica foi “desproporcional e injusta”. Ele faz ainda um balanço do que foi o atual governo, faz elogios a Dário e comenta sobre os desafios para um eventual novo mandato.

Uma das questões sociais que mais tem gerado polêmica em Campinas tem sido o morador em situação de rua. Como o senhor vê esse ponto e como resolvê-lo?

Não é ser pretensioso, mas não há uma política para morador em situação de rua que Campinas não tenha. Nós temos todo o tipo de acolhimento; consultório de rua; o Samim, que é o albergue; a Casa da Cidadania, onde podem tomar banho, trocar de roupa, comer; dois Centros Pop no Centro da cidade, onde podem tomar banho, tirar documentação; a Casa da Mulher Gestante em situação de rua; convênio com o Padre Haroldo para tratamento de dependentes químicos que queiram se internar para fazer a desintoxicação; o Mão Amiga, que oferece um salário, qualificação profissional, alimentação, transporte, uniforme e depois encaminhamos para o mercado de trabalho através de parcerias com empresas; e oferecemos ainda intercâmbio para a pessoa voltar para a cidade dela.

Qual política falta ao morador em situação de rua?

É preciso entender o que a população de rua, quais são as razões. A grande maioria que está nas ruas mora em Campinas, tem parentes, mas não quer voltar para casa por alguma razão, desilusão, desestruturação familiar, algum problema. A opção dele é ficar na rua. Como é que se resolve? Esse é um fenômeno que não é nosso, é mundial. É um problema dos dias atuais que é um desafio para qualquer cidade, qualquer política pública.

Quantos desses moradores sofrem de dependência química?

A maioria tem alguma dependência química, boa parte é álcool. Não existe um mecanismo que permita fazer algo de maneira compulsória e eu também não sei se é eficaz. Recentemente, esse debate aconteceu na Câmara Municipal. No caso de uma internação compulsória, por exemplo, o dependente vai para o Padre Haroldo. Se não for opção dele, quanto tempo ficará lá, onde não tem uma grade? Se colocar a pessoa em um local fechado, com grade, é prisão, é cerceamento de liberdade. Se deixar a porta aberta, ele vai embora, porque está lá contrariado. Que internação compulsória é essa? Existe essa possibilidade, mas tem que ser por decisão judicial.

Há também reivindicações para a melhoria da segurança, principalmente na área central?

Esse é um dos desafios. Desde o ano passado colocamos o patrulhamento a pé na área central com a Guarda Municipal e melhorou bastante. Basta ver os números sobre as apreensões de droga, abordagens e outras ocorrências. São 60 guardas fazendo esse patrulhamento, é o primeiro trabalhos deles quando saem da academia. Fechamos os ferros-velhos que existiam na área central. É um trabalho constante.

Qual a sua avaliação a respeito da proposta revitalização do Centro?

As iniciativas que o prefeito está tendo no Pátio Ferroviário, quando elas se consolidarem, vai ajudar muito para que o entorno se revitalize. Temos outras ações nessa área. Temos ainda o Trem Intercidades, uma realidade que está posta e que será leiloado no próximo dia 29. Há ainda o Shopping Popular. Eu acho, pode haver discordância de opinião, eu respeito, que uma das ações mais efetiva de revitalização do Centro é o Shopping Popular, que vai tirar 1,2 mil camelôs dessa área e colocar um ambiente comercial com estacionamento, praça de alimentação, organizado. Isso vai liberar várias as ruas do Centro, todo o entorno do terminal, a Álvares Machado.

O principal fato político programado para este ano é a eleição municipal. O senhor é o vice-prefeito, presidente municipal do PSB, deve repetir a dobradinha com o prefeito Dário Saadi (Republicanos) ou seguir outro caminho?

Da nossa parte já está resolvido, se o Dário quiser, o PSB continua a parceria com ele. A minha relação com o Dário é antiga, fomo secretários juntos durante seis anos no governo do Jonas Donizette, estamos entrando no nosso quarto ano de governo. Na minha análise, a nossa relação é equilibrada. Ele é o prefeito, sou seu secretário (Relações Institucionais), tenho subordinação a ele. Nesses três anos e dois meses de governo temos demonstrado, na prática, que tem equilíbrio na nossa relação e cidade percebe isso. Eu sempre deixo a decisão para ele, porque ele é o prefeito.

Na sessão de quarta-feira, os vereadores do União Brasil, que é da base do governo, usou a tribuna para fazer críticas e cobrança ao prefeito. O senhor entenderia que é uma indicação no caso do partido?

A crítica foi concentrada por um vereador (Rodrigo Luis de Barros Almeida, Rodrigo da Farmadic), mas foi desproporcional e injusta. A gente sempre tenta ter um nível de entendimento porque o vereador é o mais cobrado, porque tem contato direto com a população, ele sente o calor da cobrança. O vereador cobrar é natural. Na quarta, saiu um pouco do normal e foi uma crítica e uma cobrança mais extensa, mas injusta. Hoje de manhã (quinta-feira) eu fui ao distrito do Ouro Verde, onde vou com muita frequência, mas fiz questão de ir de novo para ver se estavam com todos os problemas apontados. Eu percorrei várias ruas para ver se o mato estava alto, se havia buracos, mas nada daquilo era verdadeiro. Lógico que tem obras citadas que temos a expectativa de resolver, ou o Dário e eu não gostaríamos de duplicar a avenida da Mercedes, duplicar a Luiz Eduardo Magalhães? Mas, além de serem projetos complexos, são obras que custam R$ 50, R$ 60 milhões, não é algo que se resolve do dia para a noite. Entendo a ansiedade que tem, mas nunca deixou de ser claro para os vereadores, especialmente para ele, as dificuldades para se chegar nisso. Eu entendi a cobrança como algo desproporcional. Lá na região do Ouro Verde tem muita coisa acontecendo nesse momento. Liguei para o presidente do União Brasil, o Valter Greve, que é o presidente da Ceasa (Centrais de Abastecimento de Campinas S/A), porque ele (o vereador) falou em nome do partido. O presidente me disse que ele não tinha a sua autorização e pedi um posicionamento do partido para saber se eu lido com o conjunto do União Brasil ou com o vereador. O União Brasil emitiu uma nota hoje (quinta-feira) dizendo que é um posicionamento do vereador e o União reitera que faz parte da base do governo. Não é uma crise que abrange o conjunto do partido, é algo restrito ao vereador, mas eu não tive a oportunidade de falar com o vereador ainda.

A análise geral é que o embate federal refletirá muito na eleição municipal em São Paulo. O senhor acha que essa influência chegará a Campinas?

Negar que pode acontecer a polarização ou a nacionalização da campanha em Campinas poderia ser inocência minha. Como não é o caso, espero que não, mas não estamos imunes que isso aconteça. Eu espero que as discussões sejam em torno dos problemas da cidade. O que adianta para a cidade ficar discutindo se o Lula (presidente Luiz Inácio Lula da Silva) ou o Bolsonaro (ex-presidente Jair Bolsonaro) tem razão? O que adianta para a cidade ficar discutindo pauta que não está na nossa esfera administrativa? Adianta eu ficar se sou a favor ou contra casamento homossexual, contra a descriminalização da droga? São pautas que são da esfera federal, não é nossa. O desfecho do que acontecerá com Bolsonaro, do que aconteceu com Lula, nada disso está na nossa esfera. Nós temos uma situação em que um candidato, que é o caso do Dário, que está na Republicanos, que é o partido governador (Tarcísio de Freitas) e teremos adversário que está no Partido dos Trabalhadores, que é o candidato do presidente Lula, em que pode haver essa polarização, mas eu espero que o debate se dê em torno da cidade, não dos problemas nacionais.

Mas o governo federal, o Lula, negou a vacina contra a dengue para Campinas. Essa é uma questão que nos afeta.

Nós temos que fazer o nosso papel. O Dário é médico, vice-presidente da área da saúde da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), comanda uma cidade com mais de 1,2 milhão de habitantes e fez isso muito bem. Ele, com razão, está reivindicado o que a cidade precisa, mas é uma situação que foge da nossa governabilidade. A distribuição da vacina é federal, o Dário marcou sua posição e pediu, mas a decisão é deles.

O cenário que começa a se colocar indica uma eleição dura, difícil?

O ex-prefeito Jonas (Donizette) falava uma coisa e, às vezes, eu o copio: a mente humana já inventou muita coisa, mas não inventou eleição fácil, nem ganha (risos). Se eu acreditasse em eleição fácil, eu e o Dário não estaríamos aqui, porque o cenário da eleição passada mostrava a probabilidade de vitória do adversário. Erros a gente pode cometer, mas esse é um que espero que nem eu, nem o Dário cometeremos. Nós temos adversários difíceis. O Rafa (Zimbaldi) disputou o segundo turno com a gente e é deputado. Temos uma candidatura do PT que hoje tem o amparo do governo federal. É um candidato que também disputou a eleição passada e ficou em terceiro lugar. É um cenário que não dá para dizer que a eleição está tranquila, que será fácil. Eu lembro de uma vez que fui em um evento em Piracicaba, convidado pelo presidente da Câmara, filho do ex-deputado João Hermann, e tinha escrito em uma parede: ‘Quando achei que sabia todas as respostas, a vida mudou todas as perguntas.’ A eleição está indo nesse caminho. Antes você tinha uma lógica eleitoral que vem sendo contrariada. Com o advento das redes sociais, as eleições trazem a cada dia um desafio novo.

Nós tivemos na quarta-feira a questão do transporte envolvendo a Altercamp e possível envolvimento com o crime organizado. A Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) disse ter feito sindicância e não encontro nada. Como estamos com o andamento de uma licitação do transporte, é possível aprimorar esse mecanismo e tentar evitar esse tipo de problema?

Sempre é possível aprimorar os mecanismos, mas a licitação não envolve os permissionários. São duas situações distintas, a licitação envolve as empresas convencionais, mas os alternativos têm uma permissão que é renovada a cada cinco anos. Embora haja uma integração na operação, o modelo deles é diferente. As permissões são individuais, cada um tem seu CNPJ. Eles têm uma organização em cooperativa para facilitar a operação, ter a garagem, a manutenção, compra de diesel mais barato. Por isso, quando a Emdec faz a auditoria, não tem como colocar culpa na cooperativa. Quando a prefeitura paga o subsídio, paga para o permissionário, não para a cooperativa. Esse é um problema de polícia, que vai além das obrigações, da capacidade da Emdec de punir. Quando é dada a permissão e a renovação, é checada toda a documentação, a avaliação é bem criteriosa, o permissionário demonstra estar em condição de receber a autorização para trabalhar. Se no meio do caminho tem desvio, não tem como antever isso. Isso foge da nossa esfera, vai para a esfera criminal, policial.

O Dário falou recentemente que este ano será um ano de entregas. O que a prefeitura tem para entregar que trará benefícios para a população?

Os primeiros anos do governo foram difíceis. O Dário assumiu como prefeito em 2021 no momento mais crônico da pandemia (de covid-19), a segunda onda foi mais intensa do que a primeira. A cidade, como escolheu um médico na eleição de 2020, o papel dele como profissional dessa área foi fundamental para nós superarmos a segunda onda. Foram várias vezes em que participei de decisões difíceis porque você tinha um debate essencialmente técnico, mas também havia um viés político nas decisões em que tudo era questionado. Chegamos ao ponto de se questionar a vacina. Com ele, com o conhecimento técnico de médico, a cidade superou o ciclo de dificuldades. Depois ele se mostrou um gestor muito competente. Já tinha sido presidente da Câmara, presidente do Mário Gatti, secretário, mas ser prefeito da cidade e, sobretudo, pós esse período de pandemia, é um grande desafio. É fácil quando se pega a coisa no momento de calmaria e dá sequência, mas não foi esse o ciclo que o mundo enfrentava. O Dário não fez somente girar a máquina pública, mas a cidade como um todo. Ele criou o Paes (Programa de Ativação Econômica e Social)], com uma série de medidas para estimular também a iniciativa privada, e a cidade voltou. Eu falo que a gente tem um pacote de obras para ser entregue em 2024 que envolve mais de R$ 1 bilhão em investimentos públicos. Se andar pela cidade, as pessoas vão ver que tem um mercado imobiliário aquecido, um comércio se recuperando e isso gera empregos, renda. Claro que não foram apenas ações municipais, mas também da esfera municipal, e conseguimos fazer com que a cidade voltasse a se movimentar e a funcionar com normalidade. Entre os investimentos públicos, a Avenida Campos Salles revitalizada, temos 14 projetos de pavimentação em andamento, 16 creches sendo construídas, praticamente todas as quadras das escolas municipais são cobertas, vai ser iniciado um ciclo de reforma de várias escolas e outros projetos. Temos o Hospital Mário Gatti em reforma, o Hospital da Mulher em construção, centros de saúde sendo construídos ou reformados. Em todas as áreas têm ações acontecendo e também geram emprego, renda, melhoria na qualidade de vida da população. O Dário tem dois ciclos. O primeiro da pandemia, que tenho convicção que o fato de termos escolhido um médico foi determinante, e pós-pandemia, daí apareceu mesmo o gestor que fez a cidade voltar a funcionar.

No caso de um eventual novo mandato, quais os desafios que o senhor vê pela frente?

Tem bastante coisa feita, mas tem muita também para fazer. Temos a continuidade da revitalização da área central, as medidas que adotamos começaram a surtir efeito. Tem a recuperação do Pátio Ferroviário, o Trem Intercidades, o Shopping Popular, está em curso a contratação das obras de drenagem, o avanço da telemedicina, a ampliação das escolas em tempo integral. Há a finalização do processo do BRT. A gente deve finalizar a obra, mas há a licitação do transporte e a implementação do novo modal. É preciso avançar com a regularização fundiária, que é uma das ações de política pública que tenho o maior carinho. É uma coisa que a gente não se atenta, mas Campinas tem em torno de 300 núcleos para regularizar, temos mais de 200 mil pessoas morando em moradia irregular. Tem grandes projetos para serem implementados e debatidos com a cidade durante o processo eleitoral. A cidade é um organismo vivo, ela não para. O PIDS (Polo de Inovação para o Desenvolvimento Sustentável), que está em tramitação na Câmara, trazendo os resultados esperados, pode colocar Campinas em outro patamar na área de pesquisa e desenvolvimento. Como o senhor avalia que será a discussão desse projeto? É mais uma iniciativa a gestão do Dário, que concentrou energias nessa proposta. Campinas tem características que são suas, não tem como alguém querer concorrer com a gente nessa área. Não tem outro lugar no mundo com um projeto como o Sirius, que reúna a Unicamp, a PUC, o CPQD e dezenas de outros centros de pesquisas. O PIDS é um projeto para fomentar isso numa região da cidade, começar o desenvolvimento praticamente do zero, fazer uma coisa planejada, organizada para essa finalidade. Isso é uma inovação, um desafio para uma nova gestão. O projeto vai ser debatido na Câmara ao longo deste ano, talvez seja aprovado antes da eleição, mas a implantação, a efetividade disso será no próximo governo.

Atualmente, há muito desafios que exigem a integração dos prefeitos das cidades de uma região para enfrentá-los, como na saúde, segurança, transporte. Aqui, um dos projetos mais defendido pelos prefeitos é a construção do Hospital Metropolitano. Como está vendo essa movimentação.

Olhando com o olhar de Campinas, que é o que preciso fazer, é muito importante. Ela é a sede da Região Metropolitana e acaba sendo impactada por essas políticas citadas. No Hospital Mário Gatti, a população cobra e faz com razão, a gente não pode tirar o direito das pessoas de cobrarem, pelo menos de 20% a 30% do que é atendido são de moradores da região. Ter a sinalização do governo do Estado da construção de um novo hospital é a notícia que dá mais alento para ampliar a capacidade de atendimento da rede municipal. Em termos de saúde, quanto mais a gente faz, mais tem que fazer. O orçamento para a saúde, incluindo o Mário Gatti e a Secretaria de Saúde, é mais de R$ 2 bilhões. O custeio desse serviço é o problema maior. De cada R$ 100 colocados na saúde em Campinas, pouco mais de dois terços hoje são da prefeitura e um terço está vindo do governo federal. Houve uma inversão, estamos atendendo mais a região e recebendo menos. Campinas está custeando parte da saúde regional, este é o fato concreto. Veio agora a notícia do SUS Paulista, que vai ajudar a melhorar a tabela SUS (Sistema Único de Saúde), mas ainda não será suficiente para enfrentar essa demanda. Mas Campinas nunca fechou as portas, é preciso atender as pessoas. O Hospital de Clínicas da Unicamp já suspendeu o atendimento, mas o Mário Gatti nunca fechou as portas, nem no pior período da covid. É importante a articulação regional para atender todas essas demandas, saúde, educação, transporte, lazer, tudo está integrado.

Esse é um ponto que Campinas vem recebendo muitas críticas que envolvem demora no atendimento, falta de médicos. Enquanto o novo hospital não sai, qual a alternativa para solucionar isso?

Campinas tem uma série de ações para melhorar e ampliar o atendimento. O Mário Gatti está sendo reformado, o Hospital da Mulher está em construção e o Mário Gattinho está em funcionamento. O atendimento pediátrico saiu do Mário Gatti, o atendimento feminino vai atravessar a rua e vai para o Hospital da Mulher. Qual a lógica? Com isso, vai ampliar a capacidade de atendimento do Mário Gatti. A informatização e a telemedicina, que são uma aposta do Dário, ela já está surtindo efeito. Hoje tem muitas consultas de pessoas que precisam apenas de uma nova receita para o medicamento de uso contínuo, o que pode ser disponibilizado pela telemedicina. Isso desafoga a porta do centro de saúde, a porta do hospital. No governo Dário, já batemos na casa das 1.500 contratações na área de saúde, mas temos um desafio maior na questão dos médicos do que na enfermagem. A sociedade, às vezes, faz um falso debate. Teve recentemente a discussão do teto do município. A remuneração do prefeito de Campinas é R$ 23 mil brutos, dá R$ 17 mil livre. Para a grande maioria da nossa população, é um salário alto, mas é para quem está à frente de uma cidade de 1,2 milhão de habitantes? Além disso, o salário do prefeito limita todas as outras categorias, ninguém pode ganhar acima. Outras cidades da região têm condições de remunerar melhor os médicos e, com isso, perdemos profissionais. Qual o impacto da remuneração do prefeito no Orçamento da cidade, que é de mais de R$ 9 bilhões? Qual o prejuízo da cidade de não ter capacidade de remunerar bem seus profissionais por conta disso? Não tem que ter a preocupação se o médico ganha bem, o auditor, o engenheiro, o procurador. Temos que ter a preocupação é se eles prestam um bom serviço.

O senhor já está na terceira gestão, qual é a mais gratificante?

São momentos diferentes. No governo Jonas, eu era secretário de Relações Institucionais. Continuo neste cargo no governo Dário, mas agrego a função de vice-prefeito e tenho a oportunidade de assumir interinamente a prefeitura. Eu diria que o momento atual é o mais gratificante por conta dessa situação nova, que, além de ser secretário, sou vice-prefeito. Às vezes, tenho a honrosa missão de dirigir a cidade por um período quando o prefeito está em outras missões.

Normalmente, até por conta dessa integração com o Dário, que comentei, ele deixa para mim algumas tarefas que ele trataria. Lógico que surgem outras pautas que não estavam previstas, que também cuidamos.

O que o senhor faz para relaxar, desligar um pouco de tantas tarefas?

Eu sou uma pessoa de hábitos muito simples. Eu tenho algumas atividades que não apenas me dão satisfação, mas ajudam também a aliviar as tensões, as pressões do dia a dia. Eu pratico atividades físicas duas vezes por semana, gosto de jogar bola nos finais de semana e ficar com a família.

Fonte: Correio Popular

por Manuel Alves Filho e Edimarcio A. Monteiro

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Wanderley de Almeida

Nascimento: 29/12/1968

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E-mail: wanderley.almeida@psbcampinas.org.br

Biografia: Iniciou sua trajetória política em 1988 ao lado do prefeito Jacó Bittar, de forma voluntária. É filiado ao PSB, seu único partido, desde 1994. Entre 1988 e 2005 atuou na iniciativa privada, atuando em diversas campanhas publicitárias no Brasil. Entre 2005 a 2012, Wandão ocupou a assessoria parlamentar do deputado Jonas Donizette, na ALESP e na Câmara Federal. Em 2012, coordenou a campanha vitoriosa da coligação Toda Força para Campinas que elegeu Jonas prefeito. Assumiu em 2013 a Secretaria de Relações Institucionais, cargo que ocupou durante oito anos, sendo o responsável pela interface entre o executivo e o legislativo, além de dialogar com todos os movimentos sociais da cidade. Neste período, foi membro do Conselho de Administração da SANASA e da CEASA. Em 2020, foi escolhido pelo PSB para compor, como vice-prefeito, a chapa vitoriosa de Dário Saadi. A convite do prefeito-eleito, reassumiu a Secretaria de Relações Institucionais em janeiro de 2021 e, também, o Conselho de Administração da IMA – Informática dos Municípios Associados.